
O ex-presidente francês Nicolas Sarkozy foi sentenciado a cinco anos de prisão pela Justiça da França nesta quinta-feira (25/9), acusado de envolvimento em um esquema de financiamento ilegal de sua campanha presidencial de 2007. A decisão também incluiu a condenação por formação de quadrilha, relacionada ao apoio financeiro recebido do então líder líbio Muammar Kadhafi. Sarkozy, no entanto, foi absolvido da acusação de corrupção.
++ Milhares já estão lucrando enquanto dormem — descubra o segredo da IA
Durante uma coletiva de imprensa após o julgamento, Sarkozy afirmou que, se for obrigado a cumprir pena em regime fechado, o fará com dignidade. Ele declarou que dormirá na prisão “de cabeça erguida” e reafirmou sua inocência, dizendo que não há provas contra ele. O ex-presidente francês planeja recorrer da decisão judicial.
++ CEO que tomou boné de criança em jogo de tênis se pronuncia e causa mais revolta
De acordo com o tribunal, Sarkozy teria atuado para reintegrar a Líbia ao cenário internacional em troca de apoio financeiro e ainda teria prometido absolver Abdallah Senoussi, cunhado de Kadhafi, condenado à prisão perpétua por um atentado em 1989 que matou 170 pessoas. O ex-presidente francês negou qualquer envolvimento e criticou duramente o veredicto.
Sarkozy afirmou que a decisão representa uma afronta à imagem da França. “Aqueles que me odeiam pensam que podem me humilhar. O que foi humilhado hoje foi a França”, declarou. O jornal britânico The Guardian classificou sua reação como um protesto contra o que ele chamou de “injustiça escandalosa”.
O ex-chefe de Estado também alertou para os impactos da condenação no sistema jurídico francês, alegando que o processo coloca em risco a confiança no Estado de Direito. Esta não é a primeira vez que Sarkozy enfrenta problemas com a Justiça: no ano anterior, ele já havia sido condenado por corrupção e tráfico de influência, cumprindo parte da pena com tornozeleira eletrônica.