O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se pronunciou nesta sexta-feira (24/10) após a forte repercussão negativa de uma declaração feita durante sua viagem à Indonésia. Em entrevista a jornalistas, Lula afirmou que os traficantes seriam “vítimas” dos usuários de drogas, o que gerou críticas intensas da oposição e da opinião pública.
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Pelas redes sociais, Lula tentou esclarecer sua posição, alegando que a frase foi mal formulada. Ele destacou que, mais importante do que palavras, são as ações concretas adotadas por seu governo no combate ao crime organizado. Entre os exemplos, citou a maior operação já realizada contra o tráfico, o envio da PEC da Segurança Pública ao Congresso e o aumento recorde na apreensão de entorpecentes.
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A declaração polêmica ocorreu enquanto Lula comentava sobre as ações do governo de Donald Trump, presidente dos Estados Unidos, no enfrentamento ao narcotráfico na América do Sul. Segundo ele, seria mais eficaz combater os usuários internos, pois estes sustentam o mercado de drogas e, consequentemente, os traficantes — que, em suas palavras, também seriam “vítimas”.
Lula explicou que existe uma relação de dependência entre quem vende e quem consome drogas, e que é necessário maior cautela nas políticas de combate ao tráfico. Apesar da tentativa de contextualizar, a fala gerou forte reação da oposição.
O senador Ciro Nogueira (PP-PI) criticou duramente o presidente, afirmando que “vítima é o povo brasileiro”, e ironizou o discurso ao dizer que, seguindo essa lógica, criminosos seriam vítimas de suas próprias ações. O deputado Nikolas Ferreira (PL-MG) também ironizou, sugerindo que, em breve, o PCC poderia ser classificado como uma ONG.
Apesar da controvérsia, o dia também trouxe boas notícias para o governo. Uma pesquisa da Atlas/Bloomberg apontou que a aprovação de Lula atingiu o melhor índice desde janeiro de 2024, e ele aparece como favorito em todos os cenários de disputa para as eleições de 2026.


