
Um estudo conduzido pela Universidade Norueguesa de Ciência e Tecnologia revelou que a corrida, quando utilizada como forma de lidar com emoções negativas, pode evoluir para uma dependência. A pesquisa foi publicada na revista científica Frontiers in Psychology e envolveu 227 corredores que praticavam o exercício entre duas e 15 horas semanais.
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Os participantes responderam a questionários sobre bem-estar, sinais de vício em atividades físicas e comportamentos relacionados à prática da corrida. O objetivo era entender como a corrida é percebida por quem a pratica regularmente e se ela está sendo usada como uma válvula de escape emocional.
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A análise indicou que cerca de 25% dos entrevistados apresentaram indícios de vício. Os pesquisadores observaram que os corredores que concordaram com frases como “evito pensar em coisas difíceis” ou “quero fugir de mim mesmo” tendem a usar a corrida como uma forma de evitar lidar com questões pessoais.
Segundo os cientistas, embora a corrida traga diversos benefícios para a saúde física e mental, seu uso como fuga emocional pode mascarar problemas mais profundos, tornando-se um hábito compulsivo. Essa dependência pode afetar negativamente a vida social, profissional e até a saúde do indivíduo.
Os autores do estudo alertam para a importância de reconhecer os sinais de vício em exercícios físicos e recomendam buscar ajuda profissional caso a prática se torne excessiva ou compulsiva. Eles destacam que o equilíbrio é essencial para que a corrida continue sendo benéfica.
A pesquisa reforça a necessidade de atenção ao comportamento dos praticantes de atividades físicas, especialmente em contextos onde o exercício é utilizado como mecanismo de enfrentamento emocional. A conscientização sobre os riscos de dependência pode ajudar a promover uma relação mais saudável com a prática esportiva.


