
Fachada da tradicional Faculdade de Direito da USP, no Largo São Francisco, em São Paulo. (Foto: Instagram)
Alunos da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP) relataram mais um episódio de discriminação durante os Jogos Jurídicos Estaduais. Segundo publicações nas redes sociais, um estudante da Universidade Presbiteriana Mackenzie teria feito comentários racistas e com referências à ditadura militar durante uma competição de judô realizada no último sábado (15/11).
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Entre as frases ofensivas atribuídas ao estudante estão: “Nós somos a elite, vocês a plebe”, “Tinha que voltar pros tempos da ditadura pra caçar franciscano” e “Também é racismo xingar pobre fodido?”. Esta última teria relação com o caso recente de alunos da PUC-SP que insultaram estudantes da USP, chamando-os de “cotistas” e “pobres”, durante o mesmo evento em 2024.
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A Associação Atlética Acadêmica XI de Agosto, representante dos estudantes da USP, informou que comunicou o ocorrido à organização do evento, que convocou uma reunião emergencial. No encontro, representantes de outras instituições teriam sugerido que a denúncia foi motivada por frustração com o resultado da competição e questionaram a falta de provas. O aluno acusado não sofreu sanções e ainda foi premiado junto à equipe.
Esse não é o primeiro caso de discriminação nos Jogos Jurídicos. Em 2024, durante uma partida de handebol, estudantes da PUC-SP gritaram “cotistas” e “pobres” contra alunos da USP. O episódio foi considerado racista e aporofóbico, e quatro alunos da PUC foram suspensos por 30 dias. Para retornar às aulas, eles foram obrigados a cursar disciplinas sobre igualdade racial e direitos humanos por um ano.
Além disso, torcedores foram acusados de LGBTfobia durante as provas de atletismo. A competição chegou a ser interrompida, mas foi retomada sem a identificação dos responsáveis. A atlética da USP criticou a falta de medidas efetivas e afirmou que os Jogos Jurídicos perdem seu propósito quando atitudes discriminatórias são toleradas.
A organização do evento e a Atlética João Mendes Jr., do Mackenzie, foram procuradas, mas não responderam até o momento. O espaço segue disponível para manifestações.


