Daniel Vorcaro, proprietário do Banco Master e personagem central de um escândalo que envolve suspeita de fraude de R$ 12 bilhões, foi preso pela Polícia Federal no momento em que se preparava para embarcar em um voo privado. A prisão ocorreu na segunda-feira (17/11), e documentos obtidos mostram que ele havia reservado a suíte presidencial do luxuoso Four Seasons Resort Dubai at Jumeirah Beach, ao custo de aproximadamente R$ 524 mil.
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A Polícia Federal suspeita que Vorcaro estivesse tentando fugir do país, já que o plano de voo apontava Malta como destino final, não Dubai. A defesa do banqueiro, no entanto, afirma que ele faria uma parada técnica em Malta antes de seguir para compromissos profissionais nos Emirados Árabes Unidos.
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Segundo os registros, a hospedagem de Vorcaro no hotel de altíssimo padrão estava marcada de terça-feira (18/11) a sábado (22/11). A suíte escolhida tem 600 metros quadrados e oferece comodidades como elevador exclusivo, bar privativo, escritório, academia, quartos com roupas de cama de pluma e uma ampla varanda com vista para o mar.
Mensagens de WhatsApp e e-mails obtidos pela reportagem indicam que a reserva foi solicitada já no domingo (16/11). Vorcaro pediu a reserva diretamente em conversa com sua agência de viagens. Ele recusou serviços adicionais como motorista e concierge, e confirmou que sua namorada, Martha, o acompanharia.
Em outro momento, a agência sugeriu uma suíte diferente, em outro hotel da mesma rede, mas Vorcaro optou por manter a reserva no Jumeirah. A equipe ainda tentou negociar um desconto na diária. A defesa do banqueiro argumenta que ele teria uma reunião com investidores para tratar da venda do Banco Master.
Poucas horas após a troca de mensagens, ele foi detido no aeroporto de Guarulhos. Enquanto isso, sua namorada voava de Miami em outro jato do empresário para encontrá-lo, mas retornou ao Brasil ao saber da prisão. Vorcaro foi levado à custódia da PF em São Paulo.
Ele é investigado na Operação Compliance Zero, que apura fraudes com ativos do Banco Master. A Justiça autorizou buscas em imóveis ligados ao banco e ao Banco de Brasília (BRB), que comprou carteiras de crédito da instituição. O Banco Central decretou a liquidação extrajudicial do Master, suspendendo qualquer negociação de venda.


