
Rajada de vento derruba árvore sobre kombi em rua de São Paulo (Foto: Instagram)
Durante fortes tempestades em São Paulo, rajadas de vento intensas têm atravessado a cidade de forma quase invisível, mas com efeitos bastante visíveis, como árvores derrubadas, galhos partidos e cabos elétricos retorcidos. Em algumas ocasiões, essas rajadas chegaram a ultrapassar os 100 km/h, como registrado em outubro de 2024.
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De acordo com a Defesa Civil Estadual, essas rajadas são causadas por mudanças bruscas na velocidade e direção do ar na atmosfera. Elas ocorrem principalmente quando massas de ar se deslocam rapidamente, especialmente durante a formação de nuvens de tempestade, como as cumulonimbus, ou durante a chegada de frentes frias, quando massas de ar com temperaturas diferentes se encontram.
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Esses ventos também podem surgir em regiões montanhosas ou em vales, onde o ar é canalizado. No entanto, nem todas as rajadas são registradas oficialmente. Em São Paulo, duas estações do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) — no Mirante de Santana e em Interlagos — realizam medições, complementadas pela rede da prefeitura, utilizada pela Defesa Civil.
A medição é feita com anemômetros, que podem ser mecânicos, eletromecânicos, sônicos ou do tipo tubo de pitot, sempre instalados a 10 metros do solo, conforme normas da Organização Meteorológica Mundial. O modelo mais comum possui copos hemisféricos que giram com o vento, convertendo o movimento em dados sobre a velocidade.
A Defesa Civil alerta que é possível que rajadas mais intensas tenham passado pela cidade sem serem detectadas, já que os sensores só captam o vento no ponto exato onde estão instalados. Além disso, a presença de construções, vegetação e relevo pode alterar o comportamento do vento, canalizando ou desviando seu fluxo.
Esses fenômenos são rápidos e localizados, podendo durar apenas segundos. Se o sensor estiver distante ou obstruído, pode não registrar o pico de intensidade. Entre os maiores registros na Grande São Paulo estão os 107,6 km/h em Interlagos (2024) e 105,1 km/h em Barueri (2023).


