O Museu do Louvre, um dos mais importantes e visitados do mundo, localizado em Paris, França, fechou suas portas nesta segunda-feira (15/12) após 400 funcionários decidirem entrar em greve por tempo indeterminado. A paralisação foi motivada pela insatisfação com as condições de trabalho, a queda na qualidade dos serviços oferecidos ao público e críticas à ineficiência dos recursos disponíveis na instituição.
Segundo os sindicatos, a greve reflete o descontentamento crescente diante da deterioração do ambiente profissional dentro do museu. A administração do Louvre informou que estava tentando organizar uma lista de funcionários que não aderiram à greve para avaliar a possibilidade de reabrir o museu ainda no mesmo dia, mas orientou os visitantes a retornarem apenas após o meio-dia, no horário local.
Em uma tentativa de evitar o fechamento do museu às vésperas do Natal, reuniões foram realizadas entre os sindicatos e o Ministério da Cultura francês, incluindo um encontro com a ministra Rachida Dati. Durante a reunião, a ministra prometeu reverter um corte orçamentário previsto de 5,7 milhões de euros (mais de R$ 36 milhões) para o próximo ano. No entanto, os representantes dos trabalhadores alegam que não houve avanços concretos além dessa promessa, o que motivou a deflagração da greve.
Além da crise interna, o museu ainda enfrenta questionamentos sobre falhas de segurança que permitiram o roubo de oito joias em outubro. Os itens continuam desaparecidos, e o episódio contribuiu para a pressão por melhorias na gestão e na proteção do patrimônio.
Em 2024, o Louvre recebeu cerca de nove milhões de visitantes, consolidando sua posição como um dos destinos culturais mais populares do mundo. A greve, portanto, tem impacto significativo tanto para o turismo quanto para a imagem da instituição.


