A Advocacia-Geral da União (AGU), a Defensoria Pública da União (DPU) e o governo do estado do Rio de Janeiro firmaram um acordo para realizar uma nova autópsia no corpo de Juliana Marins, brasileira que morreu em 21 de junho durante uma trilha em um vulcão na Indonésia. O procedimento ocorrerá no Instituto Médico Legal (IML) Afrânio Peixoto, no Rio de Janeiro, com a presença de peritos da Polícia Federal.
A decisão foi motivada por dúvidas levantadas pela família da vítima quanto à versão oficial da morte. O atestado de óbito emitido pela Embaixada do Brasil em Jacarta se baseou em uma autópsia feita por autoridades indonésias, mas não esclareceu com precisão o momento da morte. Imagens de drones feitas por turistas sugerem que Juliana poderia ter sobrevivido por um período após a queda, o que levanta a hipótese de omissão de socorro.
O corpo chegou ao Brasil no dia 1º de julho, sendo transportado de São Paulo ao Rio de Janeiro por um avião da Força Aérea Brasileira (FAB). A nova autópsia buscará esclarecer se Juliana resistiu por mais tempo após o acidente, o que pode levar a investigações de responsabilidades civis ou criminais.
A primeira autópsia, conduzida em Bali no dia 26 de junho, apontou que Juliana morreu em decorrência de múltiplas fraturas e lesões internas causadas por um forte impacto. Segundo o legista indonésio, a morte teria ocorrido em menos de 20 minutos após a queda, descartando a hipótese de hipotermia.
A nova análise pericial brasileira visa confirmar ou contestar esses dados, diante das inconsistências apontadas pela família. A expectativa é que os resultados possam trazer mais clareza sobre as circunstâncias da morte e, eventualmente, abrir caminho para responsabilizações.