O presidente da Rússia, Vladimir Putin, lançou um novo alerta nesta quinta-feira (23/10) sobre as possíveis consequências de um ataque ucraniano utilizando mísseis Tomahawk, de fabricação americana. Durante uma coletiva de imprensa, o líder russo afirmou que a retaliação de Moscou seria extremamente severa, podendo ser “totalmente devastadora”, caso seu país seja atingido por esse tipo de armamento.
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A declaração ocorre em meio a negociações entre Kiev e Washington sobre o possível fornecimento dos mísseis de longo alcance, que têm capacidade de atingir alvos a até 2.500 quilômetros. O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, teria solicitado oficialmente o envio dessas armas durante um encontro recente com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, na Casa Branca.
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Em uma reunião com o secretário-geral da Otan, Mark Rutte, realizada na quarta-feira (22/10), Trump evitou confirmar se autorizaria o envio dos Tomahawks. No entanto, ele destacou que o uso desse tipo de armamento exige um “extenso e rigoroso treinamento”.
O Kremlin também se posicionou oficialmente, reiterando que a entrega dos mísseis não alteraria significativamente o curso da guerra, mas agravaria as tensões entre Moscou e Washington. Em comunicado, o governo russo alertou que o fornecimento dessas armas comprometeria as chances de paz e afetaria gravemente as relações bilaterais.
Segundo autoridades russas, Putin discutiu diretamente o tema com Trump em uma ligação recente. Durante a conversa, o presidente norte-americano teria reconhecido as dificuldades em autorizar o envio dos mísseis, afirmando que os Estados Unidos não deveriam comprometer seu próprio estoque militar para atender à Ucrânia.
A fala de Putin veio logo após Trump anunciar o cancelamento da cúpula que seria realizada entre os dois líderes em Budapeste, na Hungria. O presidente norte-americano justificou a decisão dizendo que o encontro não parecia promissor e que não levaria aos resultados esperados.
No dia anterior ao cancelamento, Trump já havia criticado a reunião, sugerindo que o encontro poderia acabar sendo uma “perda de tempo”.


