O deputado federal Euclydes Pettersen (Republicanos-MG) foi alvo de mandado de busca e apreensão nesta quinta-feira (13/11), durante nova etapa da Operação Sem Desconto, conduzida pela Polícia Federal em parceria com a Controladoria-Geral da União (CGU). A investigação apura um esquema de desvio de recursos do INSS com o envolvimento de entidades privadas.
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Pettersen se manifestou por meio de nota, dizendo que encara a ação com tranquilidade e respeito às instituições. Ele negou qualquer ligação com o INSS ou envolvimento ilegal com as entidades investigadas. Contudo, o parlamentar é apontado como aliado político da Conafer, organização que está no centro do escândalo.
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A apuração mostra que Pettersen vendeu um avião ao presidente do Instituto Terra e Trabalho (ITT), entidade ligada à Conafer, ao mesmo tempo em que destinava emendas parlamentares à ONG. O dinheiro público repassado foi parar em uma empresa associada à Conafer, por meio de licitações supostamente manipuladas.
O parlamentar destinou duas emendas ao ITT, totalizando R$ 2,5 milhões, para ações de capacitação agrícola e inseminação de gado. Entre os repasses, ele vendeu um Cessna 172RG por R$ 400 mil a Vinícius Ramos da Cruz, presidente do ITT. Posteriormente, a aeronave foi transferida para Silas da Costa Vaz, secretário da Conafer e ex-beneficiário do auxílio emergencial, o que levanta suspeitas de que ele seja um laranja.
As licitações realizadas pelo ITT foram vencidas pela Agropecuária PKST LTDA, empresa ligada a Ingrid Pikinskeni, esposa de um assessor da Conafer. A companhia teria simulado concorrência com outras empresas do mesmo grupo, recebendo mais de R$ 2,1 milhões em contratos.
A PF aponta movimentações financeiras suspeitas entre as empresas e pessoas ligadas à Conafer, indicando possível lavagem de dinheiro. A operação desta quinta-feira cumpriu 63 mandados de busca, 10 de prisão preventiva e outras medidas em 16 estados. Entre os detidos estão dirigentes da Conafer e do ITT.
Pettersen, que também é presidente do Republicanos em Minas Gerais, reafirmou que não participou da gestão da Conafer e defendeu apuração rigorosa dos fatos, colocando-se à disposição das autoridades para prestar esclarecimentos.


